sábado, 17 de janeiro de 2009

A Revolta das Gondôlas

Tô morta! Voltei pra academia... esse é o meu mau necessário. E saber que tem gente que adora e vai de livre e espontânea vontade? Não dá pra acreditar...

Todo mundo suado, se exibindo e nenhuma atividade cultural ou mental... Urg! Mas eu vou! Prometo! Meu bumbum, minha barriga e minhas coxas de mais de trinta anos hão de agradecer!

Depois Malhação Parte 45 - o retorno... fui ao supermercado. Mas essa parte eu adoro. Andar pelos corredores, escolher produtos que vão encher meus armários e geladeira. Me sinto mais dona da minha casa e da minha vida. Parece besteira, ne? Mas não é..

Se você parar pra pensar, todos escolhem o que vai pra dentro da sua casa. Seu médico, pensando no seu regime, colesterol e triglicérides, decide que comida deve comprar, seu personal, as besteiras que não devem passar nem perto do seu carrinho, o veterinário do seu dog determina qual ração você deve dar a ele e sua faxineira manda em você, ela decide quais produtos de limpeza entram ou não na sua área de serviço. Mundo cruel!

Mas hoje me rebelei.... um pouquinho, mas foi um começo: comprei pé de moleque e shitake, para fazer na manteiga (adoro). Tá, tudo bem, comprei rúcula, kani, palmito e coca zero (argh) também. A gente trabalha feito doida, paga as contas e não é dona nem do próprio carrinho de mercado. Mundo cruel!

P.S Já que o assunto é supermecado, vamos adotar esta idéia corretamente ecológica? Eco Bag! Além de ajudar a conservar o nosso planeta, tem uns modelinhos chiquérrimos.... (Não sou uma Eco Chata, sou uma Fashion Eco).

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

O MUNDO ESPERA TUDO DA NOITE


Eu adoro bar, boteco, barzinho, música ao vivo, cerveja e bate papo com amigos. Tem mais variações do mesmo tema: paquera, happy hour, chopp gelado, cuba, cerveja Original ou Serra Malte, porção de amendoim, batata-frita. Não, eu não sou uma bêbada, viciada ou boêmia. Apenas acho que sair de casa, simplesmente pra ir ao seu barzinho preferido com amigos, beber um pouco e dar risada é uma das melhores coisas da vida. Muita coisa boa acontece nessas noites. Não sei se por estarmos todos ali só pra conversar e rir despretensiosamente, pelo excesso de álcool, ou pelo ambiente em si, uma noite num bar pode ser mágica.

Muita coisa interessante na minha vida já aconteceu ou começou em um bar. Descobri grandes amigos, percebi que velhos colegas de faculdade, sérios e responsáveis, se tornavam hilários, engraçados e interessantes depois de algumas cervejas. Como também já notei que amigas, companheiras de várias horas, não sabem se comportar na mesa de um bar – ficam chatas, maçantes, isso quando não ficam olhando para o relógio toda hora, ou ameaçando pular no pescoço do cara da mesa ao lado, como se ele pudesse lhe salvar do tédio.

É isso, há parceiros pra tudo nessa vida. E pra minha mesa só convido pessoas que sabem ouvir uma boa música, discutir um filme inteligente, rir de si próprio, beber sem dar vexame, trocar idéias sem se alterar, se divertir sem ser escandaloso. Também não gosto de compartilhar meu copo e minha noite com pessoas que não sabem dividir a atenção, causos, conta e, ainda, reclamam dos sagrados 10% do amigo garçom.

Também não gosto de gente que vai ao boteco pra caçar, arrumar pretê ou só paquerar. Isso me cansa, soa como sacrilégio. Tem coisas melhores pra se fazer ali: como rir de histórias antigas, colocar a vida em dia com os amigos, ouvir mpb e até olhar pro gatinho da mesa ao lado que insiste em cantar "toda cheia de charme" olhando em seus olhos. Tudo bem, eu confesso, também gosto de paquerar. Mas só olhar e me sentir desejada já me deixam feliz. Tanto é verdade, que nunca namorei ninguém que tivesse conhecido em um bar e muito menos deixei meus amigos na mesa pra curtir uns beijos com um estranho. Tudo tem seu tempo e seu lugar.

A noite ferve e pulsa cultura. A noite tem figuras interessantes e próprias, que você nunca conheceria em uma pizzaria ou numa boate. É por esses ilustres desconhecidos que a vida noturna fica mais interessante. Gostaria de destacar duas dessas figuras (minha cidade tem muitas, cada bar tem o seu). No entanto, falo de pessoas que nunca estiveram aqui, mas tornaram a vida em bares muito mais rica. A primeira é meu avô, um espanhol legítimo e boêmio, que com sua poesia e música encantou uma cidade. Ele foi embora cedo, mas deixou saudades e até hoje seus amigos fazem serenatas regadas a muita cuba pra ele no cemitério em que ele finalmente se rendeu ao sono e dormiu.

A outra figura foi um poeta, um andarilho (dizem que tinha família e dinheiro, mas abandonou tudo, sem ninguém saber o porquê) que pintava os muros de uma cidade cinza com poesia viva e vibrante. O nome dele era Gentileza, ou foi assim que ficou famoso. Marisa Monte se rendeu e fez uma canção pra ele, que me emociona cada vez que ouço. E se um dia, eu estiver em uma mesa de um bar, com alguns bons amigos (ou meu amor), tomando uma em homenagem a noite e tocar essa música, saberei que em algum lugar essas figuras dizem amém pra magia que só vivemos em um bar.


Making of: tomando uma Brahma, ouvindo Gentileza da Marisa Monte. "O mundo é uma escola, a vida é um círculo, amor palavra que liberta já dizia o Profeta."


Arcos da Lapa,berço da famosa boemia carioca, bairro que revela também um dos mais ricos conjuntos arquitetônicos da cidade. Sem dúvida meu atual objeto de desejo. Quem sabe um passeio para comemorar meu aniversário em março?

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Só Nós, com Paula Toller

A musa carioca, uma das referências no cenário da música pop brasileira, esteve em São Carlos lançando seu segundo álbum solo, Só Nós, em novembro de 2008. Na ocasião concedeu uma entrevista para a Revista Alto Estilo. Apesar de chegar atrasada e ter pouquíssimo tempo para a imprensa, cantora Paula Toller foi simpática e todos os presentes comprovaram de perto o quanto ela continua em excelente forma, parece que o tempo não passa para a loira. Embora não tenha entendido minha pergunta, ter feito cara de loira e responder algo nada a ver sobre o disco novo... humpft!
O show é razoável, as músicas com o Kid Abelha são muito melhores. Impressões a parte, vamos à entrevista...



George Israel está em seu 2º disco solo (“Distorções do Meu Jardim”). Você também lançou o segundo disco. O Kid Abelha está de férias ou em crise?
Paula Toller:
Nós tiramos férias maiores do que o normal, porque sempre depois de cada trabalho a gente dá uma paradinha e tal, mas dessa vez a gente deu umas férias bem maiores. Eu faço meus discos nos intervalos do Kid Abelha. O Kid trabalha muito, tem muitos show e muitos álbuns. E só agora que eu pude me dedicar a esse Só Nós.

Fale um pouco sobre o CD solo e o show atual...
Paula Toller:
Só Nós é um disco que tem 14 músicas inéditas. E tem parcerias minhas com Dado Villa-Lobos, Erasmo Carlos, os músicos da minha banda, o produtor do disco e também algumas parcerias internacionais bem interessantes, com o Jesse Harris, autor das músicas de sucesso da Norah Jones, tem o Rufus Wainwright e Donavon Frankenreiter. Tem quatro músicas em inglês e as outras em português. Está um disco muito bonito, muito clássico, sem programações, sem software de afinação, um disco totalmente tocado. E a primeira música de trabalho é de um autor chamado Nenungui, que é de uma banda budista do Rio Grande do Sul e o nome dela é “Meu Amor se Mudou para Lua” e está tocando bastante.

Como é seu dia a dia?
Paula Toller -
O dia a dia de shows é bem agitado. Os dias de folga eu vivo para a casa, a família, os amigos, o corpo, a arte e o amor.

Quais sãos suas preferências musicais, aquelas que te deixam inspirada?
Paula Toller – Beatles sempre, e cada vez mais. Cantoras que compõem também, desde Madonna até Marisa Monte.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Entrevista Banda Sr. X


A BANDA SENHOR X apresenta um repertório variado de clássicos do Rock and Roll, incluindo músicas inéditas executadas em versões sempre com muito improviso, criatividade e de maneira peculiar. Além de inúmeras músicas próprias, a banda também faz um Tributo ao Pink Floyd e The Who. Um show diferente e inusitado é o que você pode esperar do Senhor X, assim como esta entrevista que fizemos com Carla Viana – cantora da banda.



Vamos começar pelo começo, é claro! Aquela parte chata de se apresentar (como se precisasse). E por que o nome Senhor X?
Carla Viana –
A banda começou em 1997 com o objetivo de fazer clássicos de Rock and Roll e composições inéditas. O nome Senhor X veio da música Senhor F dos mutantes. Os integrantes são Carla Viana (voz), Beto Leoneti (guitarra), Beto Braz (baixo) e Wellington Ruvieri (bateria).

Você está prestes a subir no palco, tomando um último gole do balcão, e chega um cara que nunca ouviu uma música da banda e pergunta: o que eu posso esperar deste show?
Carla Viana –
Se eu bebesse antes de subir ao palco, talvez eu conversaria bem mais com o cara (RISOS). Bem, eu diria para a pessoa que ela pode esperar um grande show de rock da banda que mais faz shows em Ribeirão Preto e região, que tem muitos anos de experiência e que não costuma dar intervalos. Também diria que não fosse embora, pelo menos antes de ouvir as três primeiras músicas.

Dois CDs gravados com músicas próprias. Quem é o letrista da banda? E com tantas influências que percebemos em seus shows, qual a inspiração para essas músicas?
Carla Viana –
Essa pergunta levaria muito tempo pra responder... Mas levando em conta que a banda é brasileira, a inspiração vem desde a música brasileira em si, até o rock progressivo. As letras são compostas por mim, Carla Viana, com exceção de “Ilusão de Quem” que foi composta por Beto Leoneti e a canção “Mexendo com Fogo” que foi dada pra banda por Kiko Zambianchi.


Qual a repercussão do trabalho da banda em São Carlos? E na região?
Carla Viana -
São Carlos é uma cidade que admiramos muito, e todos sabem disso, pela riqueza da cultura musical que existe na cidade, pela identidade Rock and Roll muito enraizada e que tem sido muito forte em relação a outras cidades que conheço. Admiro os músicos de São Carlos e, com tudo isso, a banda Senhor X sempre teve uma boa repercussão em São Carlos, pois as pessoas admiram nossas músicas próprias também. Os shows estão sempre cheios de gente e gosto do astral e de como todos cantam as músicas com a banda. E se eu fosse contar todas as estórias entre Senhor X e São Carlos, escreveria um livro!!


Como vocês analisam o mercado fonográfico brasileiro hoje?
Carla Viana –
Abrindo para o crescimento da produção independente, através do myspace, sonicbids, facebook, sellaband, entre outros. Em andamento, sendo um divisor muito forte, que só requer um pouco mais de tempo.


Aliás, como que é este lance de fazer música no Brasil, sabendo-se que dinheiro mesmo que é bom até rola algum, mas daí a ficar rico...
Carla Viana –
Quem se submete a querer fazer música de qualidade mesmo diante da mídia que, em minha opinião, não escolhe boas bandas para colocar no mercado, tem que se submeter a não querer ficar rico, pelo menos não de primeira, senão seria fácil (RISOS). Acho que o verdadeiro músico, a boa banda, se preocupa primeiramente com a qualidade do trabalho e como todas têm muito trabalho a fazer, o dinheiro deve vir como conseqüência e não como prioridade. O dinheiro vem mais fácil quando as pessoas se preocupam em trabalhar com vontade.


O som de vocês tem um toque de pop, não que isso seja ruim, mas de certa forma soa como um som comercial em determinados momentos. Há pretensões de alcançar a mídia de massa?
Carla Viana –
Creio que a nossa música em alguns momentos pode ter um toque de pop através da melodia, o que agrada as pessoas, mas sei que ela acaba ficando tão torta, que quem gosta de pop não consegue dançar e quem gosta de música com mais trabalho e qualidade, se interessa por saber o que fizemos em termos da produção, efeitos e arranjo das músicas. Com isso, acho que seria muito bom se alguma gravadora se interessasse por conhecer o que fazemos, pois sei que temos algo pra acrescentar, mas não fazemos música pensando na mídia, em momento algum. Pensamos na música, independente de como ela vai soar pras pessoas. Ela tem que primeiramente é agradar a gente mesmo, porque somos nós que vamos tocá-la muitas e muitas vezes. E se você não acredita na música que faz, você não consegue um bom desempenho em nada dentro dela.


E o que dizer para aqueles que acreditam, erroneamente, que banda de rock vive de bebedeira e balada?
Carla Viana –
Até que ponto as bandas vão querer mostrar seu trabalho para pessoas que pensam assim? Nas profissões existem pessoas sérias e não sérias. Existe um preconceito muito forte até hoje em relação à profissão de músico. O que incomoda muito as pessoas que não entendem nossa profissão é que a música é uma área de trabalho que você só pode estar nela se gostar muito, mas muito mesmo, e tiver um mínimo de talento, ao contrário de outras tantas profissões nas quais as pessoas trabalham infelizes, pensando somente no dinheiro e não em um bom trabalho. Partindo deste princípio, as pessoas que trabalham com verdade, se cansam menos, trabalham e produzem muito mais. Hoje em dia quem pensa que roqueiro é aquele que vive de balada e bebedeira, corre um sério risco de nenhuma banda querer mostrar seu trabalho para ele, porque não vale a pena. E é fácil pras pessoas acharem que só porque você sai na segunda a noite para passear e ir onde bem entender, que você não trabalha, porque enquanto elas estavam se divertindo no final de semana, com certeza, havia uma banda para garantir a diversão delas. Além do que, o livre arbítrio deve estar na frente. Se o cara consegue fazer um bom trabalho bêbado, parabéns! Eu não consigo... (RISOS)

Como vocês selecionam o repertório dos shows?
Carla Viana –
Primeiramente, temos um repertório de 120 canções, que podem ser vistas no nosso site http://www.senhorx.com/
Trabalhamos com o show de clássicos de rock, tributo ao Pink Floyd e ao The Who. Esses três projetos já criam vertentes para os nossos shows. No show de clássicos, por exemplo, em uma noite fazemos por volta de 35 a 40 músicas. Então, colocamos as músicas que mais se encaixam com o tipo de evento, sem perder a característica da banda, agradando aos ouvidos mais ecléticos também, e sempre incluindo nossas canções inéditas.
Em termos musicais, qual a década preferida de vocês?
Carla Viana –
Gostamos das décadas de 70 e 90, além de inovações que buscamos e criamos por estarmos em 2008, e não ficamos somente presos ao passado.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Princípe Encantado


Será que toda mulher moderna, bem sucedida e solteira no fundo espera ser salva por um príncipe encantado? Será que se fosse hoje, a Branca de Neve ficaria eternamente adormecida a espera de um homem perfeito? Ou desengasgaria sozinha, arrumaria um emprego, um bom plano de saúde e engravidaria de um banco de espermas?

Fico pensando que em tempos atuais é difícil manter-se frágil esperando que um homem forte resolva todos os seus problemas e carências. Ser a auto-suficiente e independente também causa um certo temor nos homens e você acaba ficando mais sozinha. Entra num círculo vicioso: se você pode viver totalmente só, sem precisar de ninguém - então assim seja... E você ficará pra sempre num limbo amoroso, todos os homens te admirarão pela sua força, mas não o suficiente para amá-la. Desesperador? Calma, ainda não precisa cortar os pulsos, pedir demissão do seu emprego disputadíssimo ou desistir de seu MBA.

Felizmente, alguns príncipes despertam do feitiço e buscam "donzelas" doces, porém decididas. Esperam salvá-las sim de suas carências, ajudá-las com seus problemas existenciais, consertar a torneira da pia que não pará de pingar ou formatar o micro dela que vive travando. Porém, sabem que sua meiga princesa também sabe lutar quando precisa, se sustentar, além de brigar por ele e por seu amor. Ela não fica chorando ao lado da lareira esperando a fada madrinha transformá-la numa gata borralheira. Ela ganha o suficiente para pagar seus cremes anti-sinais, botox e as aplicações contra celulite. Ela vai à luta! E sabe que se um dia seu príncipe precisar, ela estará lá, linda, doce e forte, com um beijo encantado para salvá-lo!